Você já ouviu termos como TDAH, superdotação ou autismo leve sendo usados para descrever seu filho ou até recebeu diferentes diagnósticos ao longo da vida escolar dele? Essa confusão é mais comum do que parece.
Embora cada uma dessas condições tenha características próprias, é verdade que elas também compartilham algumas semelhanças o que pode dificultar o entendimento para famílias, professores e até profissionais de saúde.
Neste artigo, vamos esclarecer as principais diferenças, destacar os pontos de sobreposição e mostrar por que o mais importante nem sempre é o “rótulo”, mas sim o olhar individualizado.
- TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta principalmente a regulação da atenção, o controle dos impulsos e a organização das tarefas.
Sinais comuns:
- Dificuldade de concentração por períodos prolongados
- Esquecimento frequente de tarefas
- Agitação motora ou verbal
- Impulsividade nas respostas
- Baixo controle do tempo e da rotina
É comum que crianças e adolescentes com TDAH tenham um bom raciocínio, mas dificuldade para demonstrar isso na prática escolar.
- Superdotação
A superdotação envolve uma alta capacidade intelectual, criativa, emocional ou artística, que vai muito além da média esperada para a idade.
Sinais comuns:
- Alto vocabulário desde cedo
- Interesse intenso por temas específicos
- Soluções criativas e rápidas para problemas
- Sensibilidade emocional e senso de justiça
- Tédio frequente com conteúdos escolares tradicionais
Apesar de ser algo positivo, a superdotação também pode gerar sofrimento se não for compreendida. É comum que jovens superdotados apresentem desmotivação escolar, ansiedade ou comportamentos desafiadores.
- Autismo leve (TEA nível 1)
O autismo leve é uma manifestação do Transtorno do Espectro Autista com menor necessidade de suporte. Ainda assim, pode trazer impactos significativos no dia a dia.
Sinais comuns:
- Dificuldade de socialização ou leitura de contextos sociais
- Rigidez de rotina ou interesses restritos
- Hiperfoco em temas específicos
- Sensibilidade sensorial (sons, cheiros, toques)
- Comunicação verbal mais literal ou direta
Muitas crianças com TEA nível 1 passam despercebidas na escola, mas sentem-se “desajustadas” ou incompreendidas.
- Onde estão as semelhanças?
- Tanto o TDAH quanto o autismo podem envolver distração e dificuldade de organização
- A superdotação pode coexistir com TDAH ou TEA (dupla excepcionalidade)
- Todos podem se frustrar facilmente com a escola tradicional
- Hiperfoco, sensibilidade emocional e crises de comportamento podem aparecer em todos os perfis mas por razões diferentes
Conclusão:
Mais importante do que classificar seu filho em uma sigla é entender suas necessidades reais, sua forma de aprender, de se expressar e de se relacionar.
Na Need, usamos a avaliação neuropsicopedagógica como ponto de partida para enxergar o ser humano não apenas o diagnóstico.
Quer clareza sobre o perfil do seu filho e apoio para entender o que ele realmente precisa?